Respostas para as perguntas da live Mao3D

“As pessoas entram em contato conosco por meio das redes sociais, nós temos o site, o Facebook e o Instagram. Às vezes entram em contato diretamente comigo, encontram meu endereço e mandam e-mail para o Mão3D. De modo geral, a gente pede que entrem no site do Mão3D e preencham um formulário, o qual colocam dados, fotos e vídeos. Então, frequentemente, nos reunimos e pegamos essa lista que preencheram o formulário e damos um retorno. Alguns casos não atendemos porque é o tipo de amputação que a gente não consegue protetizar, avisamos. Alguns casos que são mais viáveis de fazer, nós selecionamos para a segunda rodada. Agora no período de covid, definimos que só vamos atender pessoas que moram no Rio, São Paulo ou Minas que são os mais próximos daqui e fazemos a seleção de quem são as próximas 3 pessoas, entramos em contato e começamos o processo de atendimento. Não é possível protetizar todas as pessoas que procuram, a equipe é pequena e vai realizando de acordo com o fluxo, mas não é possível atender o Brasil inteiro.”

“Já houve tentativa, mas o processo é muito complexo pois necessita de um laboratório com equipamento, material e, uma equipe grande e multidisciplinar. Se não tiver uma equipe grande não será possível passar por todo o processo de protetização e reabilitação. Até agora não foi possivel, o que se pensa agora é em desenvolver um curso e treinar os que tem vontade para desenvolver na cidade.”

“Geralmente realiza todo o processo de reabilitação com terapeuta ocupacional, quando a prótese fica pronta, a terapeuta verifica se os ajustes estão bons e realiza algumas horas de reabilitação, a depender do objetivo da pessoa com a prótese. A partir do momento que a pessoa já tem conhecimento de colocar e retirar a prótese, estar usando só, ela pode levar para casa e não sendo mais necessário ter um atendimento de reabilitação.

O tempo que leva para o paciente se adaptar depende do tempo de uso da prótese, pois deve tentar usar a prótese nas atividades que ele vai ter necessidade e isso leva algum tempo. Mas não é possível determinar um tempo porque depende da idade, da pessoa e da função que ela quer desenvolver.”

“Cerca de 30 pessoas já foram atendidas pelo projeto, entre crianças e adultos. Teoricamente é possível, mas não é viável porque os pacientes não gostam que fiquem sendo acompanhados ao longo da vida, nem todo mundo que recebe a prótese continua usando, algumas usam apenas para ficar em casa, outras para sair e já houve a tentativa desse acompanhamento, mas o retorno do paciente é muito difícil.”

“A prótese, no caso da mão de crianças em fase de crescimento, é feita um pouco maior que a outra mão. E na parte do antebraço a prótese é aberta, então uma parte fica aberta e permite que a criança cresça, sendo fechada com velcro. Essa parte que fica no braço também é feito de material deformável, que se aquecido, pode abrir um pouco mais. De modo geral, a criança pode ficar cerca de 2 anos com esse modelo sem necessidade de trocar.”

“No momento não há desenvolvimento, mas existem pedidos para isso. E é uma questão que está sendo exploroda em algumas disciplinas, mas ainda não possui o desenvolvimento.”

“Tem-se uma equipe grande, se em outra universidade tiver uma equipe organizada com materiais e equipamentos, sim, é possível replicar o projeto. Mas até então não foi possível, houve bastante dificuldade em inserir em outra universidade.”

“O tempo de validade seria cerca de 2 anos a 2 anos e meio para crianças, é o tempo que é necessário para trocar prótese. No projeto já tem pessoas que estão na segunda prótese.”

“As dificuldades para construção de membros inferiores é por motivos de impressora de baixo custo, existem impressoras profissionais que são bem mais caras, e com impressoras assim seria possível construir prótese de membro inferior. Mas com de baixo custo não é possível pois corre um grande risco de quebrar.”